O bordado Luneville baseia-se no ponto de tambor, também conhecido como ponto de cadeia. Originalmente, era efectuado à mão com uma agulha. Em 1850, as bordadeiras fizeram uma descoberta inovadora ao munirem-se de um gancho para o ponto de tambor. Os historiadores acreditam que esta ideia foi inspirada na técnica do bordado chinês, que apareceu em França em 1760. No entanto, pode dizer-se que o gancho de ponto de tambor também era utilizado nos bordados tradicionais de muitos países.

O bordado Lunéville deve a sua caraterística distintiva a Louis Ferry-Bonnechaud que, em 1865, começou a acrescentar contas e contas de vidro ao bordado. É efectuado em tecidos finos e transparentes, como a seda, a organza ou o tule, utilizando um gancho especial Lunéville, missangas, lantejoulas e fios metalizados. A técnica é única na medida em que o bordado é efectuado a partir da parte inferior do tecido esticado e a bordadeira apenas vê a parte inferior do tecido. A bordadeira tem uma mão do lado do avesso do tecido e a outra mão por baixo do tecido, segurando a linha e apanhando as missangas. O gancho fura o tecido, puxando a linha para o outro lado, e passa por baixo através da laçada do ponto anterior.

O bordado Lunéville é uma variação do zardozi, uma forma indiana de bordado com pedras preciosas e fios de ouro puro. No entanto, esta técnica de bordado desafia as limitações tradicionais do zardozi e é muito utilizada na alta costura do mundo ocidental. Depois de o bordado se ter tornado um ofício profissional, o gancho luneville tornou-se muito apreciado pela sua rapidez: permite bordar quatro vezes mais depressa do que o bordado tradicional com agulha.